28 de junho de 2016

O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE POULAIN: além do que se vê




Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain  é um filme francês dirigido por Jean-Pierre Jeunet em 2001.

O filme relata a vida de Amélie Poulain, uma jovem um tanto fechada pro mundo, se abriga na timidez e enxerga a felicidade em coisas pequenas. Uma das coisas que mais me atraiu  nesse filme foi a atenção aos detalhes pequenininhos que geralmente passam batidos, acho que essa é uma das características que faz dele tão único assim.



Esse modo de vida construído por Amelie se dá pelo fato de sua educação ter sido um pouco fria, seus pais nunca foram próximos, carinho e afetividade é uma coisa que ela não tem muita experiência. Talvez isso à tenha deixado um pouco “esquivando de tudo”.

A sinopse do filme diz que a ingênua Amélie (Audrey Tautou) deixa o subúrbio, onde morava com a família, e muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete.

Certo dia por coincidência, encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo, e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver a emoção de Dominique ao rever objetos de sua infância, que foram deixados na casa que Amélie mora atualmente, ela fica muito comovida e decide um novo propósito pra sua vida, a partir de pequenos gestos, passa a ajudar as pessoas que a rodeiam. Mas ainda falta alguma coisa.

Nisso percebe-se a falta que sente de “ser ajudada”. Mas, ela tem um tipo de personalidade um pouco diferente. Sente uma desconfiança nas relações, ela não consegue se entregar ou estar toda nelas. É consumida por um medo de perder o que ainda nem possui. Por esse motivo está sempre procurando sinal de rejeição antes mesmo de saber o que é o amor. (Me identifico muito)

O filme mostra a perspectiva existencial na dimensão histórica dos personagens, através de seus gostos, desgostos, dificuldades e desejos, onde é a responsabilidade individual que constroem o mundo individual de cada um. Quando Amélie decide ajudar “a humanidade”, na verdade procura SE AJUDAR, na construção de si mesma, na medida em que dá sentido a sua existência.

A saída de si que Amélie lhe revela um novo mundo que é o contato com o outro, o mundo da EMPATIA, com esta atitude, Amélie fica mais exposta aos acontecimentos, se apaixona, se depara com seus próprios problemas e limitações no dilema entre enfrentar a vida ou se isolar no seu mundo particular.


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