A primeira temporada deu à ela o
título de Minha Série Favorita. Não
que isso seja algo considerado muito importante pra sociedade, mas pra mim é,
porque sou uma pessoa terrível pra gostar de séries, precisa ser MUITO boa pra
eu me interessar e dar continuidade. Essa temporada assisti em dois dias. Então
dá pra deduzir o quanto é bom.
Lembrando que não sou crítica de cinema e só quero registrar minha
opinião em algum lugar que não seja meu coração ou nos ouvidos dos meus amigos.
Quem me conhece sabe que sou
apaixonada por séries/filmes de mistério, investigação e policial, envolvendo
detetives e derivados e procuro sempre encontrar séries de qualidade que
tratavam do assunto, investigar serial killers, entender o lado do criminoso de
uma maneira empática e etc. Quando me recomendaram True Detective não dei muita
bola, mas em um dia de tédio normal resolvi começar a assistir e não consegui
mais parar.
True Detective tem duas
temporadas produzidas e a terceira está chegando, pretendo falar de cada
temporada em um post diferente, porque são diferentes e merecem uma atenção
especial. Esperamos que a terceira temporada siga os vestígios fantásticos deixados pelas duas anteriores.
A primeira temporada foi dirigida
por Cary Joji Fukunaga, produtor de Beasts of No Nation, a série da Netflix
(que não vi ainda, inclusive) e adivinha só ELA ESTREOU NO DIA DO MEU
ANIVERSÁRIO, DIA 12 DE JANEIRO DE 2014.
É a típica história de
investigação para deter um serial killer, mas a diferença é que Rust (Matthew
McConaughey) e Cole (Woody Harrelson), são uma dupla de detetives
que tem personalidades totalmente incongruentes e o serial killer da vez usa de
rituais satânicos para realizar seus feitos e é tão óbvio que chega a ser genial, fazendo o
caso perdurar por 17 anos.
A História é contada expondo os
dois detetives 17 anos antes e depois do início do caso do serial killer satânico, toda a jornada percorrida e os conflitos gerados para finalizar e finalmente
descobrirem quem é o assassino. Parece clichê, mas como eu disse anteriormente,
vai muito além. O final é direto, objeto e incrivelmente surpreendente.
O que mais me chamou atenção em
toda a série, é que temos aquela ideia construída de série policial e todo um
padrão esperado, mas True Detective consegue ir além disso, te envolvendo de
uma forma muito única.
Dá pra perceber o quanto é
importante e influente a personalidade do detetive que lida com o caso e a
série nos leva mesmo pra dentro da vida dos dois.
Martin é um pai de duas meninas, é
casado, aparentemente tem um relacionamento bom com sua família, nasceu e
cresceu em uma cidade pequena no Estado da Louisiana e é detetive de homicídios.
Aparentemente tem uma vida perfeita, mas só aparentemente. É o típico homem da
casa, tem uma amante muito mais nova, suas aventuras, seus problemas particulares,
o pensamento meio retrógrado e sempre esta lá com uma cara de cachorro
abandonado pra esposa quando chega às cinco da manhã porque estava sob
companhia de outra mulher. Nesse ponto da série ficam muito bem expostos
conflitos familiares.
Rust (meu personagem favorito)
misterioso, enigmático, de início não é fácil compreendê-lo, mas os episódios vão
passando e admiração só cresce. Um personagem muito filosófico e
revolucionário, na minha opinião. Ele é uma pessoa que passou por muito na vida
e tem muito pra mostrar. Suas reflexões são as melhores:
“Somos coisas que operam sob a ilusão de ter um eu-próprio, essa acreção de experiência sensorial, e fomos programados para pensar que somos alguém quando, na verdade, todos são ninguém. A coisa mais honrável para nossa espécie é negar nossa programação. Parar de se reproduzir. Caminhar, de mãos dadas, até a extinção, uma última meia-noite, irmãos e irmãs deixando tudo para trás.”
Rust era investigador da área de
narcóticos, em sua vida pessoal sofreu uma grande tragédia, devastado com os
efeitos que tal acontecimento causou nele, acabou ficando cada vez mais
imprevisível e instável. Em uma de suas operações, acabou assassinando um
usuário de metanfetamina que havia injetado a substancia em uma criança
recém-nascida.
Os seus superiores ofereceram a
opção de ele trabalhar como detetive de narcóticos disfarçado, para evitar a
prisão por homicídio. Durante o tempo que passou disfarçado, Rust se tornou
viciado em drogas e matou três membros do cartel de drogas em um tiroteio.
Esteve em uma clínica de reabilitação,
melhorou, recusou a aposentadoria compulsória e foi transferido para trabalhar
como detetive de homicídios em Louisiana. Na série são presentes muitos flashbacks.
Vejam.
Ótimo texto, com certeza irei assistir essa série. Continue com suas postagens, seu blog é incrível!
ResponderExcluirMuito obrigada! Você não imagina o quanto fico feliz com isso.
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