24 de agosto de 2016

REVISTA LILITH: o amor em forma de projeto

Faz um tempo que não faço nenhum post aqui.

 Acho que ando meio atarefada e aterrorizada com o convívio social.

Mas hoje me veio em mente de que essa página aqui não é um meio de convívio social e sim um pedacinho de mim sendo expressado de uma maneira que não seja reclamar no Twitter e que querendo ou não, alivia meu coração.



Vim falar sobre um projeto que tem sido a válvula de escape pra todo meu problema com a humanidade, a Revista Lilith. Quero contar a história dela, mas sem estragar a apresentação que vai ser incrivelmente linda, levando em consideração as pessoas que estão envolvidas.

A revista partiu de uma conversa sobre como precisamos apoiar umas às outras e estamos vendo o contrário dentro desse feminismo seletivo e que tem imposto padrões, sobre a segregação presente nesse meio, sobre as “digital influencers” que estão aí mais pra influenciar a seguir esses padrões do que pra mudar o que vivemos atualmente dentro dessa geração de informações instantâneas.

Tivemos a idéia de criar algo colaborativo, sem intuito de receber algum reconhecimento pessoal por isso, mas sim conseguir apoiar as mulheres, ter um lugar onde tudo seja mais humano, com mulheres HUMANAS e sem todo aquele teatro para forçar ter uma vida perfeita na internet.

O que queremos é  ajudar outras pessoas e nós mesmas a nos sentirmos empoderadas, tanto pra nos aceitarmos fisicamente, intelectualmente e emocionalmente. Independente de qualquer diferença que esteja presente na sociedade, como: classe social, crença e etc. Queremos tornar algo acessível pra todas.

O ponto é que todas nós lutamos por uma mesma causa: que é amenizar toda essa falta de aceitação que sentimos, amenizar, aniquilar, toda essa necessidade de se encaixar em padrões que já está enraizada em nós, tirar esse sentimento de competição e nos tornar revolucionárias.

Porque, atualmente, nadar contra a corrente é um ato revolucionário e nossa parte estamos tentando fazer.

A Revista é dividida em várias colunas, cada coluna tem suas coordenadoras, as quais ajudam e filtram o conteúdo, atualmente temos 47 meninas envolvidas.  As colunas são: Feminismo, Direito da Mulher e Política, História, Moda, Beleza, Saúde (tanto física, quanto mental), FUN (que são filmes, quadrinhos, jogos, tudo que achar divertido e de entretenimento ), Astrologia, Arte e Viagens.

Estamos aprendendo muito juntas e tem sido incrível conviver com mulheres tão talentosas e determinadas.
Vou deixar o resto pra depois.

Por fim, o recadinho que queria deixar registrado:


Vamos ter um Evento de Lançamento, com expositoras locais e muito, mas muito amor envolvido. Fica a fotinha do flyer pra quem ver o post convidar a família, os amigo,s levar os bichinhos, o boy, a namo e quem quiser.


21 de julho de 2016

Por que assistir Stranger Things?

Quem não sabe ou não teve tempo de ver ainda, acho que ler esse post vai ser um bom guia e um bom incentivo pra começar.




A série estreou na última sexa-feira, 15 de julho na Netflix, e foi um sucesso enorme pelas referências usadas, pela ambientação nostálgica dos anos 80/90, a fotografia maravilhosa, o plus de crianças fofinhas com um mistério sobrenatural que vai sendo resolvido ao decorrer da série, o apelo psicológico dos personagens e a história muito bem fundamentada. 



A história se passa na cidade fictícia de Hawkins, no Estado de Indiana, nos EUA. Uma pequena área suburbana de classe média norte-americana, cenário tradicional de mistérios da série “Além da Imaginação” e “Twin Peaks”.



Uma das características que constroem a história, é seu principal mistério, inspirado na conspiração. Sobre uma das mais evidentes teorias da conspiração do mundo. O Projeto MK ULTRA, que foi comprovado e conduzido pela CIA nos anos 50.



O projeto se baseava em uma série de experimentos ilegais e consequentemente secretos, que tinham como principal objetivo influenciar o controle da mente, além de extrair informações, com uso de drogas psicodélicas, como LSD. 



O MK ULTRA, uma conspiração ultrassecreta do goverto, afeta a vida de cidadão comuns que não tinham ideia nenhuma de que eram cobaias. Essa é provavelmente, uma das maiores teorias da conspiração atuais.



Esse mesmo conceito deu origem a muitas séries, filmes e livros. Como: "Arquivo X",  "Lost". E também, muito bem abordada em Stranger Things.





A temporada termina bem "redondinha", mas deixa muitas perguntas em mente, inclusive, aproveitei a extração dos meus sisos pra assistir duas vezes e ficar livre das dúvidas que ficaram no ar, mas  acredito que sejam sanadas nas próximas temporadas que já estou esperando com o coração na mão. 



Li algumas resenhas sobre a série e a coisa que mais existe em comum é que ela é considerada uma "colcha de retalhos" porque mistura elementos que fizeram muito sucesso entre os anos 80 e 90, que fizeram parte da geração dos meus pais e a minha infância, por consequência. O que, pra quem acompanhou ou é aficionado pelo cinema/literatura da época, é incrível ver algo recente fazer tanta referência e construir algo tão original a partir disso.



As duas principais referências que notei e quase morri de amor, porque são meus favoritos, são as obras de Steven Spielberg e Stephen King. Pra quem já viu alguma, vai entender, com certeza. O apelo psicológico da mãe que nunca desiste do filho à ponto de parecer maluca pra sociedade toda. (Winona Ryder rainha demais), o sobrenatural da Eleven me deixou com um pé muito grande na Iluminação do Dan Torrance em "O Iluminado", o vilão, o estado sendo um "inimigo", mundos paralelos distorcidos. Tem também muitos elementos de "It" do Stephen King.



O mais legal de tudo, pra mim, foi a fundamentação e a lógica que conseguiram usar pra desenvolver um sobrenatural muito coerente. Isso me atrai muito, não é aquela coisa que você vê e pensa "fucking impossível"



Em resumo: é uma mistura de X-files, com crianças fofinhas, Winona Ryder revivendo a atriz maravilhosa que ela sempre foi, um milhão de referências épicas que te pegam de surpresa aos poucos, mudança de perspectiva em relação aos personagens de maneira surpreendente e um episódio final de esquentar o coração de qualquer um.


PRA QUEM JÁ VIU ou pra quem quer ver, mas se ler não vai entender direito:


Aí eu estava aqui navegando nas interwebs e encontrei uma matéria com 17 referências que podem ser super notadas. Vou colocar o link no final do post, mas as que mais me chamaram atenção:

 Alien, o 8º Passageiro: eu passei 90% do seriado falando que o "monstro" era igual o Alien.
Poltergeist –  O Fenômeno: em uma parte em específico que é IDÊNTICA, que é uma parte que a irmã do Mike e da Nancy que é idêntica à mocinha de Poltergeist é atraída pela luz.
E.T. – O Extraterrestre: essa com certeza, é a uma das maiores referências. Mike fazendo amizade com a Eleven.
Viagens Alucinante: elevação do potencial psíquico com água.
Clube dos Cinco: o pessoalzinho da Nancy.
Os Goonies: SE VOCÊ NÃO PERCEBEU, SAIA DO MEU SITE.


TRAILER:


Outra melhor parte, de todas as partes. A trilha sonora:



11 de julho de 2016

Fobia Social?

Acho que esse é um dos assuntos mais delicados que vou tratar aqui, espero não ser entendida errado, porque essa é a minha concepção em relação ao MEU problema e claro que não sou especialista em psicologia, psiquiatria ou coisa do tipo, só me deu a vontade de explicar o que é e passar um pouco do meu lado pras pessoas. Quem sabe elas leiam e consigam me entender um pouco mais.

A fobia social, segundo o Google, é um transtorno advindo da ansiedade (o mau do momento).

O que é em resumo total: “a fobia social a pessoa se sente ansiosa em "situações sociais", quando poderia se sentir observada pelos outros. A pessoa fica insegura, temendo pelo seu desempenho e preocupada com o que poderão pensar dela naquele estado. O grau de ansiedade pode ser muito intenso, podendo chegar a uma crise aguda de ansiedade. As situações sociais temidas podem ser variadas, como escrever na frente dos outros, falar em público, comer em locais públicos, entrar em lugares cheios, ir a um evento social, fazer uma entrevista de emprego, encontrar um conhecido etc. O Transtorno de Ansiedade Social pode ser classificado em dois subtipos. Um subtipo  denominado generalizado, na qual a pessoa teme quase todas as situações sociais: conversar, namorar, sair em lugares públicos, falar, comer, escrever em público, etc . E um subtipo denominado não generalizado, ou restrito, no qual a pessoa teme uma ou poucas situações sociais específicas. Durante a situação social a ansiedade tende a persistir levando a pessoa a enfrentar níveis altos de sofrimento. Quando sai da situação, a ansiedade tende a diminuir significativamente, o que reforça tendências de fuga e evitação de novas situações.  A própria expectativa de ter que enfrentar situações sociais já pode ativar ansiedade, levando a pessoa a evitar estas situações temidas. Este comportamento de evitação pode ir limitando significativamente a vida da pessoa.”

Mais uma observação, a fobia social é diferente de timidez, se você é tímido(a) e leu isso, se identificou, PELO AMOR, analise um pouco mais a situação antes de se autodiagnosticar.

Bom, depois de muito bem explicada essa parte, vou explicar a minha parte.

Depois que sofri um acidente, minha vida começou a mudar. Sempre fui um pouco introvertida, mas mantinha bastante contato com as pessoas, não só as próximas, mas me via cheia de “amigos”. De repente, eles foram diminuindo gradativamente, coisa normal na vida de uma pessoa normal, porque vamos envelhecendo, as obrigações surgindo, a rotina sempre presente, mas tinha algo estranho alí.

Tinha algo ali, tipo eu achar normal alguns tipos de comportamentos: É normal desligar o celular por medo de alguém te convidar pra sair? É normal se sentir mal em todos os lugares em que vai e um desejo extremo de ir embora? É normal passar por uma luta interna antes de sair pra qualquer lugar com qualquer pessoas diferente das do seu convívio diário? Ficar cinco dias sem responder os amigos nas redes sociais por algum motivo inexplicável?
Não, não é normal. Precisei ir ao médico pra perceber que não é uma coisa advinda da minha timidez ou introversão. Era algo maior que isso.

O convívio com uma pessoa que tem esse problema, mesmo que não muito avançado, como o meu, é MUITO difícil, aqui vão algumas dicas:

Persistência: não desista de alguém que tem fobia social, não fique bravo ou chateado se ela desmarcou E POR FAVOR, NÃO PENSE QUE É MALDADE OU COISA PARECIDA. PORQUE ACREDITE, NÃO É.
Acho que a maior dificuldade que passei nesse tempo é escutar a frase: “você não se esforça”. Se as pessoas soubessem o quanto me esforço, acho que muita coisa iria mudar no meu meio, mas acho que a coisa mais difícil, embora seja pregado o tempo todo, é encontrar alguém que tenha empatia a ponto de chegar e te perguntar o que está acontecendo ao invés de te julgar.

De qualquer forma, obviamente não estou sozinha, tenho muitas pessoas que me entendem e lutam por mim. Fazem o típico seqüestro de vez em quando e cuidam de mim de uma maneira que dá pra me sentir extremamente confortável.

Eu saio bastante, mas é um verdadeiro parto pra eu conseguir, porque sempre fico achando um monte de empecilhos e até agora não consegui entender muito bem o motivo.
Também, ter fobia social não é ser uma pessoa doida que se esconde de tudo e não consegue chegar perto de ninguém estranho. Eu converso, sou simpática, mas me abrir? Consegui me sentir à vontade? É algo muito diferente.

Sabe aquela desviada que você dá de vez em quando pra não encontrar alguém conhecido porque não está se sentindo bem? Imagine isso todos os dias, todo o tempo. É basicamente isso.

Resolvi escrever um pouco sobre isso porque estou melhorando cada dia mais e isso é demais, esse blog é um dos meus exercícios pra melhorar um pouco. Perdi muitos amigos porque provavelmente eles acham que não me importo porque não tive coragem de contar pra eles sobre esse problema.  E também, espero de coração que quem sofra desse mesmo problema, venha me chamar: porque vou responder rapidinho sim e posso te ajudar muito em exercícios e coisinhas parecidas, além do que escrevi aqui.

A primeira coisa a fazer pra melhorar, é tirar um pouco do seu dia, pra reservar só pra conversar com um amigo, uma amiga, ligar pra alguém que não seja tão próximo e contar seu dia ou só ouvir o dia.

O segundo passo, é tentar sempre sair, mesmo que não tenha vontade, mesmo que doa em você, tentar sair e se procurar as coisas boas no lugar onde estiver.


Convide amigos pra ir à sua casa, ou peça pra eles te fazerem uma surpresa: como aparecer do nada na saída do seu trabalho e sem te avisar pra não te causar a possibilidade de desistência ou inventar alguma desculpinha.

E por enquanto é isso, se eu pensar em mais alguma dica, atualizo o post.
Se tiver vergonha de me perguntar, pode mandar em anon aqui: https://curiouscat.me/laryssab

Ilustração da ilustradora e designer brasileira Brunna Mancuso. 

5 de julho de 2016

Desligar-se um pouco da realidade



Tem dias que a unica saída que vemos é que não há saída. Há muito tempo fiquei imaginando maneiras de dar uma "fugida" dos problemas, mas nunca tinha conseguido encontrar, até agora.
Tenho muitíssima dificuldade de concentração, e sim, eu estudo Direito e tenho problemas em me concentrar, mas não em estudos, me concentrar em coisas que tem potencial de me divertir, sempre tô fazendo umas cinco coisas ao mesmo tempo e não dou muita importância à elas (exceto assistir filmes, me desligo muito do universo vendo filmes, mas só isso), talvez isso seja culpa de toda essa correria da vida. Mas aí, achei uma maneira alternativa de me desconectar, comecei a desenhar.

Desenhar pra mim, tem sido me desligar de tudo por alguns momentos e é incrível, porque consigo externalizar algumas coisas presas no meu coração e me divertir ao mesmo. Coisa que nunca imaginei que fosse possível fazer, porque geralmente sempre passava raiva tentando buscar um padrão de desenho, apagando coisas e agora só deixo a imaginação fluir, não é muito bonito visualmente, mas o impacto interno que me causa é inexplicável.

Acho que esse post não é sobre desenho e sim sobre aprender a se desligar do universo de alguma forma que possa te ajudar. Desenhando é a maneira que consegui, talvez você possa ter outros métodos, como jogar videogame, ler ou assistir um seriado. Mas a minha maneira de me expressar tem sido essa. Viver o tempo todo com a cabeça na realidade machuca muito. 

Uma vez conversei com uma garota que desenha muito bem e disse pra ela que nunca ia conseguir ser tão boa quanto, ela deu risada e disse que não tem a ver com o "ser boa" tem a ver com a dedicação, sua originalidade, praticar e sentimento. Sentimento tenho de sobra o dom é que não tenho, mas vamos tentando.

No meu Pinterest tem uma pasta chamada "ilustration" e lá coloco as ilustrações que me inspiram e sempre pego uma ideia e adapto pra minha realidade.

O primeiro passo de todo é descobrir o traço, com o que você se identifica em desenhar e isso demora, porque até lá, você já tentou de tudo, até se adaptar, eu estou nessa parte ainda, tentando encontrar o meu traço, as vezes sai alguma coisa legal, mas sinto que ainda não encontrei.
Se as pessoas conseguirem notar características comuns em todos seus desenhos, significa que você já encontrou e não percebeu ainda. Só sei até essa parte.

Mas voltando ao assunto de se desligar da realidade. A meditação é uma das coisas mais incríveis pra se desligar um pouco de tudo e pelo menos cinco minutinhos por dia, só se concentrando na própria respiração, pode fazer um bem enorme pra muitas áreas da vida. 

Aí fui em um site pesquisar como começar a meditar, não conseguindo meditar. Porque quando comecei, simplesmente não conseguia parar quieta. Era só o silêncio chegar que minha cabeça começava a pipocar pensamentos desnecessários e aquele monstrinho da ansiedade já começava a me importunar. 

Aqui estão os passinhos pra começar:

Pense no objetivo que deseja alcançar por meio da meditação. As pessoas começam a meditar por uma série de motivos diferentes – seja para melhorar a criatividade, ajudar a visualizar metas, calar a voz interior ou estabelecer uma conexão espiritual. Se o seu único propósito for passar alguns minutos diários sentindo-se presente no corpo, sem preocupar-se com tudo o mais que tem para fazer, isso já é o suficiente para começar. Tente não complicar demais os motivos. O âmago da meditação é o relaxamento e a recusa a ser envolvido pelas ansiedades do dia a dia.

Encontre um lugar sem distrações. Quando estiver iniciando, principalmente, é importante eliminar do ambiente qualquer sensação que possa distraí-lo. Desligue a TV e o rádio, feche as janelas para barrar os ruídos da rua e feche a porta para deixar de ouvir colegas de quarto barulhentos. Se você dividir a casa com amigos ou familiares, pode ser difícil achar um local silencioso onde possa se concentrar na meditação. Fale com as pessoas com quem mora e pergunte a eles se estão dispostos a ficarem quietos durante o tempo em que for meditar. Prometa que vai avisá-los assim que terminar para que possam voltar às atividades normais.
  • Uma vela aromática, um buquê de flores ou um incenso podem dar um toque especial e incrementar a sua experiência na meditação.
  • Diminua ou apague as luzes para se concentrar com mais facilidade.
Escolha um momento quando estiver se sentindo confortável. Quando estiver mais acostumado com a meditação, é possível usá-la para se acalmar quando se sentir ansioso ou sobrecarregado. Pode ser difícil se concentrar no início se você for iniciante até que se encontre em um estado de espírito apropriado. Sendo assim, no início, medite quando já estiver relaxado – talvez assim que acordar ou após o expediente.

Concentre-se na respiração. Este é o propósito principal da meditação. Ao invés de tentar não pensar nas coisas que o irritem diariamente, tenha um foco positivo: a respiração. Ao se concentrar totalmente na inspiração e expiração, você vai ver que todos os outros pensamentos sobre o mundo exterior desaparecem sozinhos, sem que tenha de se preocupar em ignorá-los.
  • Concentre-se na respiração da maneira mais confortável para você. Algumas pessoas gostam de manter o foco no movimento de expansão e contração dos pulmões, enquanto outras preferem pensar no modo como o ar passa pelo nariz.
  • É possível até mesmo focar-se no som da respiração. Basta entrar em um estado de espírito no qual você esteja exclusivamente concentrado em algum aspecto da sua respiração.
Observe a respiração, mas não a analise. (A COISA MAIS DIFÍCIL) O objetivo é estar presente em cada respiração, não descrevê-la. Não se preocupe em se lembrar do que estava sentindo, nem em conseguir explicar a experiência em um momento posterior. Apenas vivencie o presente. Quando ele passar, vivencie a próxima respiração. Evite ocupar sua cabeça com a respiração – apenas tenha esta experiência por meio dos sentidos.

Se a atenção se desviar da respiração, traga-a de volta. Mesmo depois de ganhar bastante experiência com a meditação, você vai descobrir que os pensamentos podem voar. Você começa a pensar no trabalho, nas contas ou nas coisas que precisa resolver depois. Sempre que perceber o mundo exterior se infiltrando, não entre em pânico e tente ignorá-lo. Em vez disso, volte sutilmente o foco para a sensação da respiração no corpo e deixe os pensamentos esvanecerem novamente.
  • Você pode achar mais fácil manter o foco na inspiração do que na expiração. Tenha isso em mente se for assim mesmo. Tente se concentrar principalmente na sensação do ar quando ele sai do seu corpo.
  • Tente contar as respirações se tiver dificuldade em recobrar a atenção.

Não se cobre em excesso. Aceite o fato de que se concentrar é difícil para iniciantes. Não se censure – no começo, todos têm dificuldade com a voz interior que não se cala. Na verdade, alguns dizem que este retorno contínuo ao momento presente é "prática" da meditação. Além do mais, não espere que a prática mude do dia para a noite. A atenção plena leva um tempo para começar a exercer influência. Medite todos os dias por pelo menos alguns minutos, aumentando as sessões sempre que possível.

Afastar-se de todas as formas exteriores é chamado “meditação”.




2 de julho de 2016

DIRETORES DE CINEMA: Hayao Miyazaki

Hayao Miyazaki é um dos mais incríveis e reconhecidos criadores da animação japonesa. E claro que eu iria falar dele antes de fazer alguma análise de alguma de suas animações.

Ele é um senhor de 75 anos, atualmente, que tem muita história pra contar e revolucionou o cinema japonês e muitas vidas por aí. Sua animação mais conhecida é A Viagem de Chihiro, mas existem outras tão boas quanto que valem uma atenção especial também.


A história da vida dele é um marco muito importante em suas criações, levando em consideração que algumas, embora sejam um tanto "que necessitam de imaginação" são autobiográficas, baseadas em acontecimentos marcantes. É incrível essa maneira que ele tem de conseguir ilustrar os sentimentos humanos.

Miyazaki teve uma infância muito difícil, durante a segunda guerra mundial, sua família enfrentou inúmeras dificuldades, nunca parou em uma escola. Quando se formou no ensino médio, sua mãe teve um problema de saúde muito grave, tuberculose e ficou nove anos internada em leito hospitalar. Um dos seus filmes mais conhecidos "Meu Amigo Totoro" é uma homenagem à essa fase difícil que teve de enfrentar. Por incrível que pareça, cursou economia na faculdade e foi lá que teve sua primeira experiência no mundo da fantasia, lá participou de uma oficina de pesquisa sobre literatura infantil.

Seu primeiro trabalho foi em um estúdio de animação chamado Toei, sua principal função era secundária, animava as guias enviadas pelos animadores chefes. Nessa época foi quando começou a produzir suas próprias animações.

Depois de algumas reviravoltas em sua carreira, muitas viagens e aprendizado com curta-metragens e outros elementos. criou o Studio Ghibi, em 1985 com Isao Takahata (Ao contrário de diretores tradicionais de animes, Takahata não desenha e nunca trabalhou como animador antes de se tornar diretor de pleno direito. De acordo com Hayao Miyazaki, "Música e estudo são os seus hobbies".)

Os filmes dirigidos por Miyazaki chamam atenção pela relação direta que ele faz com a humanidade, a natureza e a tecnologia. Pode-se dizer que ele se destaca na multidão por ter ideias tão humanizadas no meio do universo dos animes e que possuem tanta ligação com o emocional do ser humano, tão próximas de uma maneira diferente que você só consegue definir uma descrição depois de assistir ou ler algum. Mesmo relacionando a realidade com a fantasia, aborda os dilemas morais, os conflitos ideológicos e os problemas sócio-psicológicos que aproximam o expectador daquela realidade, criando comparações com a realidade que vivemos por aqui.



Seu primeiro filme de renome foi Princesa Mononoke, que conseguiu arrecadas aproximadamente 158 milhões de dólares, um feito muito marcante em meio aos animes. Após esse sucesso, anunciou sua aposentadoria, mas retornou com A Viagem de Chihiro em 2001, que ganhou o Oscar de melhor animação e muitos prêmios pelo mundo. Em 2004, Miyazaki dirige O Castelo Animado, que foi indicado ao Oscar, mas perdeu para Procurando Nemo. Em 2008, dirigiu Ponyo: uma amizade que veio do mar, que foi indicado no Festival de Veneza na categoria de Melhor Filme. E em 2013, Vidas ao Vento que também foi indicado ao Oscar, mas perdeu para Frozen. (uma pena)

Haya Miyazakié um diretor revolucionário, por muitos motivos além da arte, também pelo conteúdo que aborda.


Um pouco da filmografia do Hayao Miyazaki:

2013      Vidas ao Vento
2008      Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar             
2004      O Castelo Animado
2001      A Viagem de Chihiro     
1997      Princesa Mononoke     
1992      Porco Rosso: O Último Herói Romântico             
1989      O Serviço de Entregas da Kiki
1988      Meu Amigo Totoro
1986      O Castelo no Céu           
1984      Meitantei Holmes - Temporada 1           
1984      Nausicaä do Vale do Vento
1979      O Castelo de Cagliostro


30 de junho de 2016

MONSTROS INVISÍVEIS

Resolvi fazer esse mini-texto como uma forma de auto-conselho ou desabafo. Como você preferir interpretar, leitor ou leitora.
Vivemos em uma sociedade em que o romance em relação à coisas idealizadas é extremamente presente e se você não se afetar nem um pouquinho com isso, meus parabéns.

Mesmo que inconscientemente, estamos sempre buscando um momento de estabilidade, a felicidade plena e o sossego, mas às vezes nos esquecemos de que a realidade em que vivemos é uma realidade, não um romance ou filme com frases feitas e histórias lineares que nos é apresentado durante a vida.

Ficar triste é normal, você deve se permitir e aceitar a tristeza, o sofrimento faz parte da vida, assim como a felicidade. Todos nossos sentimentos são passageiros e é isso que os torna importantes e únicos.

Por que é tão difícil descer do pedestal e admitir pra si mesmo que está passando por um momento difícil?

Complicado entender, tentar centralizar o que estamos vivendo no momento, sem ativar aquelas grandes barreiras ocultas: “evitar o máximo me permitir esmorecer, evitar o máximo demonstrar minhas fraquezas, evitar o máximo dar abertura pra alguém entrar na minha vida: porque afinal, as pessoas decepcionam e não vou querer mais nenhuma decepção além das que eu já tive.”

Ei, não esqueça que você é um ser humano, não um robô. Você sente, sabia?

Acho que o primeiro passo pra levantar de uma queda e estar pronto pra outras quedas piores é “descer do pedestal”, olhar pra si mesmo, conhecer suas fraquezas, conhecer-se por completo, permitir-se, tirar a máscara da felicidade idealizada e ser verdadeiro com sigo.

E se estiver insatisfeito, levantar da cadeira e fazer tudo o que for possível pra mudar e chegar onde você quer chegar, sem esquecer de viver no presente.

Parece tão simples falando. Mas acredite, eu sei que não é simples, é sempre válido um pequeno esforço.

Lembrar sempre: quem você seria hoje sem as suas decepções do passado?

É nisso que penso todas as vezes que os fantasmas do passado tentam me assombrar, e sabe, sou muito grata a esses fantasmas, porque sem eles, talvez não fosse quem sou hoje. (não que eu esteja 100% feliz com o que sou, mas em comparação ao que fui, é um grande avanço.) Muitas outras decepções, felicidades, tristezas virão. Quero estar pronta pra isso e enfrentar com muita força, porque estou vivendo.

Não ignore seus monstros invisíveis, porque só você consegue sentir a presença deles e o impacto que causam na sua vida, é você quem carrega eles por onde passa. E é só você que pode enfrentá-los e conhecê-los, mais ninguém.

Uma vez me disseram isso e sempre repito pra todas as pessoas que me pedem conselhos: “Se você não quiser se ajudar, não sou eu quem vai te pegar no colo e resolver a sua vida. O princípio precisa partir de você e não é responsabilidade de ninguém salvar sua vida além de ti, porque ninguém te conhece tão bem e ninguém além de VOCÊ sabe o que VOCÊ precisa.”


(Essa ilustração é do Pinterest e não sei quem fez, se você souber, me conta)


MULHERES INCRÍVEIS DO CINEMA: Anna Karina

Acredito que a maioria das pessoas já tenha visto pelo menos uma foto dela por aí. Achei importante escrever sobre Anna Karina, porque amo os filmes em que ela atua e a personalidade dela é tão única que merece uma atenção especial. Vamos exaltar as mulheres incríveis que fizeram parte da história em qualquer aspecto.


Anna Karina foi uma das representantes mais influentes da Nouvelle Vague: uma nova estética de cinema criada na França, em 1958, contrária às superproduções hollywoodianas da época. A contraproposta eram filmes mais pessoais: produções baratas (várias delas, financiadas pelos próprios diretores, atores pouco conhecidos, muitas filmagens nas ruas, em oposição aos estúdios,  tramas com idas e vindas no tempo, rompendo com a narrativa linear tradicional, liberdade estética, cortes repentinos e a câmera em qualquer ângulo ou posição, temas cotidianos e tabus, personagens à margem da sociedade, como criminosos, adúlteros e rebeldes e roteiro bem livre.

Apesar ser uma estrela do cinema francês, ela não é francesa, é dinamarquesa.
A história dela é incrível e inspiradora. Ela foi muito sortuda também, a vida realmente sorriu pra ela.
O nome verdadeiro de Anna Karina é Hanna Karin Blarke Bayer. Ela decidiu mudar porque teve uma conversa com uma mulher que lhe sugeriu que deveria usar o nome Anna Karina ao invés de seu nome original, mais tarde descobriu que essa mulher era a Coco Chanel. (QUE SORTE, NÃO É?)

Anna se mudou para Paris aos dezoito anos, sem nada garantido, com esperança de fugir de conflitos com sua família perturbada, resolveu tentar a vida longe. Foi morar na França sem falar uma palavra de francês, só com o dinheiro contado para se hospedar alguns dias em um hotel barato. Passava os dias passeando pela cidade e martelando na cabeça o que será que ela faria pra se sustentar. Até que em uma tarde qualquer, foi abordada e recebeu convite para ser modelo em uma campanha publicitária. Obviamente aceitou e aí começou sua carreira. (parece muito coisa de filme)


A carreira dela se deu por um conjunto de acontecimentos muito favoráveis que até parecem mentira. Sua vida no cinema começou quando conheceu Jean-Luc Godard, o diretor assistiu um comercial com a atriz e à convidou para fazer um filme.O primeiro convite, Anna não aceitou, porque teria que ficar nua em uma das cenas que faria. Depois de um tempo, Godard não havia desistido e convidou-a para fazer parte do filme Vivre sa vie, o qual aceitou e começou sua saga como principal representante da Nouvelle Vague.

Anna Karina foi casada com Godard, mas não durou muito tempo. Fizeram ótimos filmes juntos, mas após o término do relacionamento, ambos seguiram caminhos um pouco diferentes, mesmo assim, conseguiram manter a essência particular que cada um tinha.



Ela fez parte do primeiro filme em cores transmitido na França, que inclusive, é uma homenagem à ela que o diretor Pierre Koralnik elaborou.

Além de toda essa beleza única que possui, a maneira que ela atuou em seus filmes foi extremamente revolucionária. Uma atriz que se deixa levar pelo filme. Ela tinha o poder de transitar entre diversas emoções em questões de segundos de uma maneira muito fácil, uma das suas características que a faz ser destaque em meio a multidão. Suas personagens sempre muito temperamentais. Uma beleza doce em contraste a personalidades profundamente marcantes a faz uma das maiores atrizes da história do cinema mundial.

“É difícil se encontrar uma garota que atire em um homem e depois saia cantando.”




Atualmente, Anna tem 75 anos, viaja o mundo recebendo homenagens em festivais de filmes e continua linda.

Aqui uma listinha dos melhores filmes dela, porque não cabem todos aqui e também não assisti todos ainda.
  • O Demônio das Onze Horas (Jean-Luc Godard)1965     
  • Viver a Vida (Jean-Luc Godard)1962     
  • Uma Mulher É uma Mulher (Jean-Luc Godard)1961     
  • O Estrangeiro (Luchino Visconti)1967     
  • Bande à Part (Jean-Luc Godard) 1964     
  • Cléo das 5 às 7 (Agnès Varda) 1962     
  • Alphaville (Jean-Luc Godard) 1965     
  • Roleta Chinesa (Rainer Werner Fassbinder) 1976     
  • A Religiosa (Jacques Rivette)1966     
  • O Pequeno Soldado (Jean-Luc Godard) 1963     
  • Mulheres no Front (Valerio Zurlini)1965      

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